Ao sabor da vida... #sobre o jeito que damos nomes às coisas

Esse é o primeiro texto meio polêmico que escrevo para o blog. Eu nem gosto muito de entrar em polêmicas, mas isso eu não podia deixar de falar aqui. 

Bem, essa semana estava vendo o Programa da Fátima Bernardes ( me julguem!) e um entrevistado falando sobre algum assunto morno qualquer (acho que era sobre tarefas de casa) comentava que tinha empregadas domésticas em casa. Quando se deu conta da palavra empregada, mudou rapidamente para secretárias. 

Eu, como estava de férias e não tinha nada melhor pra fazer, fiquei pensando no quanto muitas vezes (devo fazer isso também) relativizamos mudando o nome que atribuímos às coisas para amenizar algum efeito ruim que aquela expressão venha surtir no discurso. 

Oras, o nome da profissão é empregada doméstica, ou não?! Que adianta chamar de secretária, funcionária, seja lá o que for e não pagar os devidos direitos?! E o mais importante, que adianta florear o nome se não dá o respeito que a pessoa ( que está ali trabalhando) merece?! 

Eu, particularmente, não acho ruim se referir a pessoa (sobre ela e não a ela) como empregada se assino a carteira, pago os direitos e a respeito em seu trabalho que é limpar, cuidar da casa ou whatever. 

Nós precisamos amenizar menos e respeitar mais o ser humano, isso sim. 

Obs.: Não tenho empregada doméstica nem diarista ou qualquer coisa que o valha.